terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tantauco Exploration Race

Galera,

Segue os informativos referentes a uma corrida de aventura no Chile que com certeza vai ser um desafio repleto de pelas paisagens. Já participei de provas com o mesmo organizador e foi um espetáculo.

Vale a pena conferir!!!




Mais informações no site: http://www.tantaucoexplorationrace.cl/index.php


Um abraço a todos e um ótimo ano novo repleto de corridas e desafios!!!

Léo Freitas

domingo, 28 de novembro de 2010

Agora é pra valer

Olá Pessoal,

Essa última semana foi marcada por alguns treinos visando aumentar o condicionamento para na próxima semana iniciar os treinamentos de verdade.

Estive em Porto Alegre essa semana e aproveitei para correr no belo "Parcão" com é chamado pelo pessoal da cidade. É um parque localizado no bairro Moinhos de Vento que tem uma extensão de aproximadamente 1100m todo em terra batida e repleto de árvores. O local é bem seguro e durante a noite fica cheio de gente correndo e caminhando. Para quem for a POA essa é uma boa opção para treinar. Aproveitei a semana para fazer alguns treinamentos funcionais visando assim aumentar o condicionamente.

Hoje participei da última etapa do circuito das etações na distância de 10km. O objetivo era avaliar junto ao técnico o meu nível de condicionamento e traçar as primeiras metas.

Para a próxima competição que será realizada em abril (Utra de 80km na Argentina) a idéia é fazer os treinamentos em base invertida, ou seja, na fase inicial a prioridade é a velocidade com treinos mais curtos e na segunda fase aumentar o volume e aproveitar os ganhos de velocidade da primeira fase. Para a Ultra de Los Andes treinei assim e o resultado foi muito bom. Espero ter condições de melhorar ainda mais...

Essa semana começa para valer os treinos e espero que dê tudo certo e que o corpo se adapte bem. As primeiras semanas são duras mas ao poucos se acostuma. Como fiquei um mês sem correr me recuperando e descansando as férias de fim de ano não vão exitir esse ano e vou treinar dia 24, 25, 31 e iniciar o ano no dia 01 com força total.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

domingo, 21 de novembro de 2010

2010

Olá Pessoal,

O ano de 2010 já está quase no fim e aproveito este momento antes de iniciar a pré-temporada para 2011 para fazer uma pequena recordação do ano que com certeza vai ficar para sempre na minha memória com as duas competições fantásticas que disputei.

Foi sem dúvida o ano esportivo mais importante da minha vida onde consegui realizar diversos sonhos e atingir a tão sonhada longa distância nas competições.

Em maio disputei o Ironman Brazil em Florianópolis. Uma prova de triathlon de longa distância onde é preciso nadar 4000m, pedalar 180km e ao final correr 42km. Um verdadeiro desafio para o corpo e para a mente. É preciso superar limites e dificuldades não tentando vencer o corpo e sim se tornando amigo dele e nos momentos em que a cabeça parece dizer que não é possível, você tira forças de onde nem imagina e segue em frente rumo a tão sonhada linha de chegada.

São muitas horas contando azulejos, “queimando” pneus e “gastando” tênis. É preciso abrir mão de muita coisa. A família sofre, você sofre e o corpo sofre. Aquela tão sonhada linha de chegada visualizada em tantos treinos agora tão perto faz o coração bater mais forte e dá uma vontade grande de rir, chorar, gritar, que nem é possível explicar bem. Dias e mais dias levantando antes do nascer do sol para nadar, pedalar e correr. Mas ao cruzar a linha de chegada é possível perceber que todo o sacrifício enfrentado vale à pena. E como vale. A satisfação do dever cumprido e o prazer inigualável de torna-se um Ironman. Uma pessoa que não é melhor que outra, que não é mais forte, nem mais resistente porque cruzou essa linha de chegada. É apenas uma pessoa que adota um estilo de vida diferente e leva acima de tudo o respeito pela distância, o prazer por estar com os amigos percorrendo longas horas em treinos e competições. Assim surgiu e assim deve prevalecer o verdadeiro espírito de um Ironman.

Dos três esportes que envolvem o triathlon, o meu favorito sempre foi a corrida e após o Ironman resolvi que era hora de me dedicar a esse esporte tão livre e puro. Basta calçar um tênis, para alguns nem isso, e sair por ai correndo como fazíamos quando éramos crianças a arriscávamos os nossos primeiros “piques” brincando com os amigos. A sensação de liberdade que a corrida proporciona é algo muito especial. Resolvi então juntar a corrida com o prazer que tenho de andar pelo campo e pelas montanhas. Acabava de encontrar o meu verdadeiro esporte: a corrida em trilhas.

O visual, o contato com a natureza, a sensação de liberdade e ao mesmo tempo o desafio de subir e descer verdadeiras “paredes” correndo me chamou muita atenção.

Comecei então a treinar para a minha primeira competição nesta modalidade e pelo prazer de percorrer longas distância me inscrevi na Ultramaratona de Los Andes na distância de 80km. Estava lançado o desafio.

Foram muitas horas correndo e percorrendo longas distâncias enfrentando treinos que começaram com 25 e chegaram a 86 km. Treinos ao longo da madrugada e em horário inusitados. Em alguns momentos os quilômetros passavam como o tempo passa quando se está com uma pessoa muito querida, voando. Em outros momentos os quilômetros pareciam uma eternidade. Durante as longas jornadas era possível pensar na vida umas duas vezes e ainda sobrava tempo. Correr pelas montanhas de Minas é algo inspirador. Passar na porta de uma casinha no campo e ver a fumaça saindo do fogão de lenha me fez lembrar a minha infância onde costumava ir aos finais de semana para o pequeno sítio dos meus pais e provavelmente foi onde aprendi a gostar tanto do campo e das montanhas.

A prova no Chile teve um “tempero” a mais além da longa distância a ser percorrida. A largada às duas da manhã e a altitude que chegou a 2600m sobre o nível do mar a tornou ainda mais desafiadora.

Correr pela montanha durante a noite ouvindo apenas o vento, os pássaros e a dúvida do que está pela frente nos aproxima mais da natureza aguçando os nossos sentidos e nos fazendo enxergar o quanto somos pequenos perto da magnitude das montanhas. A sensação de liberdade vai aumentando à medida que a civilização vai ficando cada vez mais para traz. Quando o sol nasce por trás de uma montanha branca de neve o visual se torna inspirador.

Os quilômetros passam com muita rapidez quando se corre em belas paisagens e a vontade de ir mais lento aumenta apenas para continuar desfrutando deste cenário de cartão postal.

Com o passar do tempo o corpo dá grandes sinais de cansaço e a cada subida é preciso muita força de vontade para seguir em frente. A recompensa vem ao chegar ao ponto mais alto e observar tudo a sua volta. Todo o sacrifício vale a pena por uma paisagem assim. Deste ponto em diante começam as grandes descidas até o ponto de chegada. Depois de horas e mais horas correndo, cruzar a linha de chegada é muito bom e saber que não foi apenas uma corrida e sim um grande passeio pela montanha com a companhia de outros amantes deste esporte.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

domingo, 14 de novembro de 2010

De volta aos treinos

Olá Pessoal,

Hoje fiz meu primeiro treino de corrida. Foram apenas 8km em ritmo leve aproveitando para curtir bem o retorno. O pé ainda não está 100% mas respondeu de forma muito positiva e não senti nenhum dor durante a atividade e nem depois.

Aproveitei a semana para fazer alguns treinos de natação em um ritmo mais intenso visando melhorar o condicionamento já pensando na fase de pré temporada que começa em dezembro.

Fiz também algumas sessões (40 min) de abdominais e exercícios funcionais além da fisioterapia. Foi uma semana muito legal.

Ontem encontrei com meu técnico para discutir um pouco sobre melhorias, treinos, competições, etc. Aproveitamos bastante para conversar e traçar objetivos.

Minha competição principal será em abril (data ainda por definir) na cidade de San Martín de Los Andes, na Argentina. Será uma prova de 80km organizada pela The North Face. Em breve divulgarei mais informações sobre a prova.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ultra Maratona de Los Andes - Fotos

Olá Pessoal,

Seguem algumas fotos da prova.

Forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas













segunda-feira, 1 de novembro de 2010

De volta aos treinos

Olá Pessoal,

Já se passaram mais de 2 semanas desde que corri a Ultra de Los Andes. Devido a uma forte torção no tornozelo estou impedido de correr. Aproveitei essas últimas semanas para descansar a cabeça e o corpo e focar na fisioterapia e recuperação. Tirei umas férias do treinamento geral. Não fiz absolutamente nada e foi muito bom. De tempos em tempos é importante esse périodo sem se preocupar muito com alimentação, horários, etc... Apenas curtir!!! Uma pena que estou trabalhando e não foi possível viajar de férias...

Tenho focado em apenas 2 provas por ano e como esse ano já fiz o Ironman em maio e agora a Ultra, posso dizer que o ano para mim chegou ao fim e é o momento de traçar os novos objetivos para o próximo ano que está chegando!!!

Na semana que vem retorno aos treinamentos fazendo natação e treinamento funcional além da fisioterapia. A previsão é que eu volte a correr em dezembro então vou usar o mês de novembro para ganhar um pouco de condicionamento na piscina e aumento de força e resistência com o treinamento funcional.

Ficar ancioso não adianta e querer voltar aos treinos antes da hora pode ser um grande erro. O importante é estar 100% para voltar com tudo!!! Tenho muita conciencia disto e estou bem psicologicamente para esperar o tempo que for preciso mas quando abrir a porta do estaleiro o cavalo aqui vai sair com tudo...hahahaha.

O calendário do próximo ano já está definido:

2 ultramaratonas de 80km: uma na Argentina em abril e outra no Chile ou Estados Unidos no final do ano. Vou fazer algumas provas intermediárias para ganhar ritmo que vão ser definidas a medida que o treinamento for avançando.

Objetivos: correr o mais rápido possível nas provas alvo!!!

Em breve mais notícia das provas e do retorno aos treinos!!!

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

sábado, 23 de outubro de 2010

Ultra Maratona de Los Andes - Resumo da prova

Olá Pessoal,

Segue abaixo um resumo da Ultra Maratona de Los Andes.

Sai de Belo Horizonte no dia 12/10 pela manhã e logo ao 12:00 já estava em Santiago. Fui direto para o hotel deixar as minhas coisas e logo em seguida fui almoçar e começar a fazer o "carregamento" de carboidratos. Como conheço bem Santiago não tive muitos problemas para encontrar um restaurante que faz uma bela macarronada. Após o almoço fui para o Mall Sports buscar o meu kit da corrida. Aproveitei o final do dia para fazer uma caminhada e soltar um pouco a musculatura. Na semana de prova não costumo treinar quase nada. Apenas alguns exercícios curtos para soltar a musculatura e relaxar. O trabalho já está feito e nestes dias o mais importante é se manter focado na prova e descansado.

Na quarta-feira aproveitei o dia para fazer umas compras na cidade e passear um pouco mas sempre preocupado com a alimentação, hidratação e com o frio. Sempre levo comigo um agasalho pois uma gripe ou resfriado a poucos dias da competição não é nada legal. No final do dia fiz um trote de 50 min e percebi que a temperatura estava caindo muito no final do dia e como a prova se iniciaria as 02:00 da manhã era preciso checar os equipamentos para a prova.

Na quinta-feira aproveitei o dia para começar o descanso pré-prova. Dormi um pouco mais e sai para comer mais massa e comprar luvas e uma toca que não estava esperando utilizar mas como percebi que o frio estava grande, seria importante utilizá-las pois a baixas temperaturas o corpo necessita de mais energia e o consumo de carboidratos tende a aumentar. A noite, fiz uma revisão em todos os equipamentos e verifiquei tudo minuciosamente. Agora era a hora de descansar o máximo.

De quinta-feira até sexta-feira a noite só me levantei da cama para comer. O restante do dia fiquei deitado dormindo, relaxando e principalmente visualizando a prova. Procuro me concentrar ao máximo nos dias que antecedem a prova e focar bem no que pretendo fazer.

O relógio tocou as 23:20. Saltei da cama, tomei um banho e comi bastante. Ainda tinha bastante tempo até a largada para digerir tudo. Arrumei tudo, tomei um taxi e as 01:00 estava chegando no local da largada. No local já havia bastante gente e o clima era muito legal e percebi que os atletas estavam animados para o início da prova. Caminhando pelo local da largada vi um rapaz colocando na sua mochila a bandeira do Brasil. Me aproximei e fiquei conhecendo o Enzo que além de correr provas longas também faz Ironman. Conversamos um pouco e demos até uma entrevista para algum canal de televisão.

Tudo pronto. Contagem regressiva e as 02:00 em ponto foi dada a largada. Os atletas mais rápidos sairam logo na frente. Eu tinha como estratégia sair um pouco mais forte pois tinha visto algumas fotos da prova do ano anterior e como o início da prova tinha muita subida e alguns riachos para cruzar achei melhor não ficar preso em fila e para não perder muito tempo.

Os primeiros 5km foram tranquilos e as subidas já começavam a se mostrar. Aproveitei estes momentos para caminhar e tentar descansar um pouco. Nos trechos planos e de descida o pessoal se soltava e corria muito rápido. A noite a visibilidade é baixa sendo necessária toda atenção com as pedras e desníveis. Neste momento estava correndo com um pequeno grupo e bem. Comecei a pensar que estava rápido demais mas como as pernas davam sinais positivos segui em frente. E assim fui. Os bastões foram muito importantes para ajudar nos trechos de subida e descida.

Não sabia exatamente em que posição estava e fiquei um pouco preocupado pois em provas longas manter um ritmo muito forte no início pode custar caro no final. De toda forma continuei no grupo e correndo rápido passando pelos pontos de apoio e controle dos km 12 e 23. Nos perdemos algumas vezes mas seguíamos juntos e perseguindo os dianteiros. Nos pontos de apoio procurava comer o máximo de frutas secas e hidratar ao máximo. Como são vários pontos de apoio e controle a tática era fazer tudo o mais rápido possível para ganhar tempo. Parece pouco mas é possível tirar a diferença dos dianteiros apenas nestes pontos.

O ar estava gelado mas eu estava bem agasalhado e a temperatura estava ajudando a manter o ritmo. No km 33 me entregaram a sacola com comida que havia entregue a organização horas antes da largada mas acabei optando em pegar apenas o Endurox R4 que sempre me ajuda nas provas longas. Neste momento percebi que o grupo tinha ficado no ponto e aproveitei para "atacar". Forcei um pouco nas subidas e consegui abrir uma vantagem considerável. Quando o dia começou a surgir apaguei a minha lanterna de cabeça para ficar ofuscado entre as montanhas e seguir abrindo vantagem.

Do km 33 ao próximo ponto de apoio e controle situado no km 44 corri sozinho e curtindo um pouco o visual. O percurso era duro o tempo todo e não dava para desconcentrar muito. Durante a noite torci meu pé 5 vezes devido as grandes pedras mas nestas provas a vontade é muito maior que a dor e consegui neutralizá-la e seguia em frente e cada vez mais animado.

No km 44 fui informado pelo Staff que estava em 13 geral. Fiquei assustado. Não imaginava que estava tão bem posicionado e neste momento tomei a decisão que vinha me perseguindo nos últimos quilômentros. Forçar ou não forçar? Resolvi que era hora de dar tudo e tentar abrir ainda mais dos que vinham atrás e tentar me aproximar dos que estavam a frente e era visual. Aproveitei o trecho plano e "toquei o terror". Corri muito forte e no próximo ponto de apoio e controle no km 52 já estava junto com um colombiano.

Neste momento estávamos a 2400m de altitude e tinha pela frente uma subida muito dura atingindo os 2600m. Alternei de posições com o colombiano durante a subida. Avistamos mais um adversário e o colombiano partiu para o ataque. Neste momento estava sofrendo muito e desisti de ir junto com ele mas fique o mais próximo possível e acompanhando a disputa pela 11 posição. Ao chegar aos 2600m se iniciou uma grande descida e comecei a me sentir melhor e aproveitei para me aproximar dos adversários. O colombiano travava uma briga dura com o outro competidor que resolveu dar tudo e abriu, e abriu muito.

Cheguei no ponto de apoio e controle do km 61 e o colombiano estava lá e bem cansado. Aproveitamos para conversar um pouco e seguimos juntos. Ele também estava estreando na distância e bem feliz com a colocação. Foi muito legal. Neste momento esqueci um pouco que estava em uma competição e fomos correndo e conversando juntos. Passamos pelo proximo ponto de apoio e controle que já estava no km 67 e faltava pouco para terminar a prova. Sempre olhando para trás para ver se alguém se aproximava mas desde o km 33 ninguém mais havia me passado e não queria perder essa posição em hipótese alguma.

Fomos informados pelo Staff de que tínhamos 7 km até o último ponto de apoio e controle e depois mais 6 km de descida até a chegada e que havia uma grande subida pela frente. Tomei o máximo de líquido possível e segui correndo. O colombiano dava sinais de cansaço e tentei animá-lo, cheguei até a gritar com ele mas o sofrimento estava estampado na sua cara. Nestes momentos temos que ser mais fortes que a nossa cabeça. É uma guerra psicológica onde a cabeça tenta te convencer de que você está mal e cansado mas é preciso reagir e ser mais forte. É difícil mas essa é a diferença dos que conseguem ir mais rápidos. A dor é a mesma para todos porém conseguem bloqueá-la.

A última subida era realmente dura e o cansaço mais o sol quente castigava muito. Subimos devagar e fiz companhia para o colombiano. Naquele momento não importava mais a posição entre nós dois. Éramos companheiros. Quando chegamos no final da subida dei uma olhada para trás e percebi que estava vindo um outro competidor no início da subida e parecia que estava nos perseguindo e rápido pois fazia os trechos em que tínhamos caminhado, correndo.

E agora? Depois de correr praticamente sozinho desde o km 33 estava vendo minha posição indo embora. Tomei uma decisão. Tentar uma fuga. Falei com o colombiano que iria partir para uma fuga arriscada e que poderia quebrar ou manteria a posição. Ele me disse que não tinha mais condições de correr e que eu podia seguir em frente. Comi algumas coisas, tomei líquidos que levava e partir para a fuga. Concentrei ao máximo e comecei a fazer força dando o máximo de mim.

Cheguei no último ponto de apoio e controle, comi rápido, coloquei algumas frutas secas no bolso e comecei a descer. faltava apenas 6 km que pareciam uma eternidade. A descida era íngreme e exigia muito da musculatura já cansada. Procurei não pensar nas dores e cansaços e apenas me concentrei e forcei o rítmo (4:40/km). Quando terminei a descida o Staff me indicou o caminho e disse que era o último quilômetro e de asfalto. Olhei para a montanha e não vi sinal de nenhum competidor. Comecei a alternar corrida com caminhada e administrar a distância que eu tinha.

Já avistava o pórtico de chegada e ninguém mais poderia tirar a minha posição. Aproveitei para curtir os últimos momentos e cruzar a linha de chegada em 11 geral com o tempo de 10:26:44. Uma emoção muito grande e um prazer inesplicável.

Para mim foi uma estréia perfeita e estou muito feliz e gostaria de agradecer a todos que torceram por mim e que de alguma forma contribuiram para essa conquista.

Em especial gostaria de agradecer:

A Deus pela minha saúde e vida;
A minha família pelo apoio e torcida;
Aos amigos Petrus e Cristiano pela força, companherismo e amizade;
A Academia de corrida Alta Energia pelo apoio;
A Proativa pelo apoio e equipamentos fornecidos que sem dúvida fizeram a diferença;
Ao treinador João Paulo que vem me acompanhando nos treinamentos;
Ao fisioterapeuta Raphael Marques que vem fazendo um belo trabalho de treinamento funcional comigo;
Ao nutricionista Fabiano Kenji que vem acompanhando minha alimentação no dia a dia e nas competições;
Ao Pepe que me deu várias dicas de montanhismo e equipamentos e que me ajudaram muito e aproveito para dar o parabéns a ele pela conquista na prova de 50km.
E ao Adalto que fez um treino longo comigo e ficou correndo ao meu lado por mais de 8 horas.

Um forte abraço a todos!!!

Léo Freitas

P.S: Em breve o calendário 2011 de competições. Vamos com tudo!!!  

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Chile

Olá Pessoal,

Cheguei hoje no Chile para a Ultra de Los Andes. A viagem foi cansativa como sempre mas correu tudo bem. Estava um pouco preocupado com as coisas que estava trazendo (castanhas, amendoins, etc.) mas passei com tudo sem problema. Deixei as coisas no hotel e fui ao Mall Sport pegar o meu kit que por sinal me imprecionou bastante com a qualidade da camisa e mais os brindes (meias, lanterna de cabeça, bandana, repositor eletrolítico, etc.). Aproveitei a ida ao shopping para fazer umas comprinhas também.

O clima está bom mas a noite a temperatura cai bastante e pode representar um problema pois a largada será as 2:00 a.m.

No último final de semana fiz um treino noturno iniciando as 2:00 a.m e o corpo respondeu bem.

No mais é comer bastante "pasta" e descansar para sábado estar fazer o máximo de força.

Mando notícias.

Forte abraço a todos e torçam por mim!!!

Léo Freitas

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meias

Olá Pessoal,

Hoje vou falar um pouco sobre meias. Embora pareça um tema simples é muito importante a escolha correta das meias a serem utilizadas em treinos e principalmente em competições. Muitas pessoas se preocupam com a escolha dos tênis, e estão certas, porém não dão muita importância para a escolha das meias. Por mais que um tênis seja confortável um bom par de meias é fundamental.

Em geral as meias apresentam diferentes tamanhos, alturas e espessuras de acordo com atividade a ser desenvolvida.

Para atividades mais simples como caminhadas curtas, academia e pequenas corridas as meias mais finas podem ser uma boa opção. Transpiram bem, apresentam um bom conforto e não esquentam muito. Como o atrito dos pés com o tênis é pequeno e o tempo de atividade é curto essas meias tornam-se uma boa opção.

A medida que a atividade vai se tornando mais extensa e os pés são mais exigidos com variações de terreno, por exemplo, torna-se muito importante adequar as meias utilizando modelos mais acolchoados. Para caminhadas e corridas longas, tanto em asfalto quanto em trilha, pedais longos, trekking entre outras modalidades que exijam longas horas de atividade a escolha corretas das meias é fundamental.

Uma boa opção são as meias com "cano" alto que evitam a formação de bolhas nos calcanhares e que apresentam uma maior espessura aumentando assim o conforto. Porém, se a meia não estiver muito bem ajustada aos pés o movimento interno dos mesmos em contato com o tênis pode gerar bolhas. A utilização de duas meias pode ajudar a solucionar este problema. A meia mais fina se ajusta aos pés e a meia mais grossa dá o conforto necessário para a realização da atividade. A transpiração fica um pouco prejudicada mas sem a menor dúvida é melhor sentir um pouco mais de calor que realizar alguma atividade com bolhas nos pés.

De toda forma é muito importante testar diversos modelos e ir adequando a cada tipo de atividade de modo a propiciar o melhor conforto e rendimento.

Eu testei diversas meias da marca Lorpen ao longo deste ano em diversas atividades diferentes e aconselho a sua utilização.

No Ironman Brasil deste ano utilizei a Meia Multisport Coolmax® Light Shorty (XBTF) durante 6 horas de pedal (180km) e depois corri uma maratona (42km) e terminei sem nenhuma bolha nos pés. Neste caso a escolha se deu pelo fato de que o pedal é uma atividade que não causa tanta mobilidade interna dos pés com a sapatilha e a corrida ocorreu em trecho plano e de asfalto. Por isso, optei por uma meia de acolchoamente e "cano" intermediário que me propiciou uma ótima transpiração e conforto.

Para a Ultra de Los Andes que vou disputar no próximo mês a opção será por uma meia mais espessa e que apresenta "cano" longo. Como se trata de uma prova longa (80km) e com um percurso em trilhas com muitas subidas e descidas, os pés serão muito exigidos e por isso será necessário aumentar o comforto. Irei utilizar neste caso duas meias: Meia Polycolon® Liner (CIP) e a Meia Multisport Coolmax Crew.

Existem outros modelos que podem ser vistos no site da Lorpen.

Um dica muito importante: Nunca teste nada durante a competição. Tudo que for utilizar em uma prova já deve ter sido testado anteriormente. Isso vale para tudo: equipamentos, roupas, acessórios, comida, etc. Lembre-se que a prova é um reflexo do treino!!!

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Equipamentos para a Ultra

Olá Pessoal,

Resolvi escrever a partir de hoje um pouco sobre os equipamentos que vou utilizar, alimentação, um pouco sobre treinamento, técnicas, tudo que aprendi nestes últimos meses me preparando para a Ultra de Los Andes.

Para começar vou falar um pouco sobre tênis. Esses dois tópicos já foram discutidos aqui anteriormente.

Com relação ao tênis vou correr com o Lafuma Sky Race. É um tênis sensacional desenvolvido com altíssima qualidade e que tem me proporcionado um grande conforto. Eu fiz um post especialmente sobre o tênis que pode ser visto clicando aqui.



A escolha do tênis é muito importante principalmente em provas de longa distância onde o conforto e a qualidade do tênis deve ser um dos pré-requisitos mais importantes.

Algumas dicas para seleção do tênis para corridas em trilha:
  • Verifique se o solado possibilita boa aderência para ser utilizado em terrenos escorregadios, cascalho, areia, etc;
  • Verifique se a entressola apresenta zonas com variação de densidade. Em geral os tênis para corrida em trilha devem apresentar um densidade um pouco maior, principalmente na parte interna do tênis visando diminuir/controlar a pronação que tende a aumentar em terrenos variados;
  • Verifique o forro do tênis. É muito importante manter os pés ventilados e secos o tempo todo. Com isso se evita o surgimento de bolhas e doenças nos pés;
  • Verifique o sistema de amarração do tênis. Com o passar do tempo os pés tendem a inchar sendo importante aliviar um pouco a pressão na região frontal do tênis;
  • Verifique as costuras internas do tênis. A longo prazo pode gerar bolhas nos pés.
Essas são algumas dicas. Fique atento e observe bem o tênis antes de comprar e tome muito cuidado com os vendedores que na maioria das vezes não entendem muito de tênis e procuram "empurrar" o mais caro.

Eu testei vários tênis de trilha esse ano e digo que o Lafuma Sky Race é sem dúvida o melhor deles. Não vou citar as outras marcas que testei pois todas me deram bolhas nos pés, pressão na parte superior do pé e estragaram muito rápido.

O próximo post será sobre meias e algumas técnicas para evitar bolhas nos pés.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Saindo do furacão

Olá Pessoal,

A semana passada foi muito especial para mim. Fiz apenas 2 treinos de corrida mas que valeram muito a pena.

O primeiro foi na quarta. Apenas um giro de 18km mantendo um ritmo de 5'10"/km.

No sabado era o grande desafio. Correr, andar e arrastar por 11 horas. Acordei as 3h da manhã preparei tudo e fui para o treino. Comecei no Belvedere até amanhecer quando já tinha rodado 30km. Em seguida me encontrei com o Adalto (Grande ultramaratonista) que me acompanhou no restante do treino. Subimos a BR040 até o Retiro das Pedras e rodamos lá dentro com subidas e descidas. O percurso foi um pouco duro. Aproveitei para testar os bastões Azteq que pretendo utilizar na prova. Eles me ajudaram muito nos trechos de subida. Corremos dentro do Retiro uns 15km e depois iniciamos a descida para o Belvedere chegando lá com aproximadamente 74km percorridos. Já não conseguia mais correr. As pernas estavam travadas e sentia muitas dores. Porém, o treino não havia terminado. Segui caminhando, caminhando e caminhando. Neste momento chegou o João (Treinador) para dar aquela força de final de treino. Consegui até correr 1km mas as pernas já estavam no fim... Voltei a caminhar até o relógio marcar 11h de treino e 86km percorridos.

Esse foi o treino mais longo que já fiz de corrida e agora me sinto mais forte e preparado para o grande desafio de correr 80km na Cordilheira em outubro.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

No olho do furacão!!!

Olá Pessoal,

Chegou a fase de pico para a Ultra de Los Andes. Essa é a semana crucial para o treinamento visando atingir o condicionamento máximo para a prova. Comecei a semana com treino de natação forte aumentando o VO2 ao máximo, duas sessões pesadas de treinamento funcional, ontem fiz um giro de 18km de corrida para 5'10"/km e hoje outro treino pesado de natação. Agora é descansar para encarar o grande desafio de sábado: 11h de corrida saindo as 4h da manhã. Passando por esse desafio estarei em condições físicas e psicológicas para enfrentar a Ultra de Los Andes.

Na próxima semana tenho consulta com o nutricionista para ajustar a alimentação para a semana e o dia da prova. Neste tipo de prova qualquer detalhe faz muita diferença. Pequenos erros podem se propagar e o preço pode sair bem caro. Todos os detalhes devem ser analisados e ajustados agora.

A partir de semana que vem começa uma "descida" visando recuperar e descansar ao máximo para chegar no auge do condicionamento do dia da prova.

Vamu que vamu!!!

Abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ultra chegando...

Olá Pessoal,

A Ultra de Los Andes está chegando... O frio na barriga começa a aumentar...
Passagem, hotel, tudo pronto. Agora é a fase final de treinamento e depois o tão sonhado descanso.

Neste final de semana fiz um treino mais tranquilo de 13km no sábado e 23km no domingo. Ainda estou sentindo dores na perna direita e resolvi intensificar as sessões de fisio e também os treinos de natação para dar uma relaxada e aliviada.

Neste próximo final de semana parto para o treino de pico que ainda não sei qual será. Estou esperando o técnico me revelar mas pelo jeito vem pedreira por ai. Passei relativamente bem pelos longos de 50 e 60km e acho que vem coisa em torno de 70 a 80km neste fim de semana. Mas correr provas longas é isso mesmo. Longas horas sobre os pés.

Ainda faltam alguns treinos noturnos para adaptação e na semana da prova estamos pensando em fazer uma inversão de horário pois como a largada é as 2 da manhã será muito importante dormir ao longo do dia e estar bem acordado pela noite. Porém, para isso, terei que ficar acordado alguns dias pela noite para forçar o corpo a dormir ao longo do dia.

Será uma prova e tanto!!!

Não sei se teremos mais brasileiros na prova além de mim, nos 80km e o grande George Volpão (Pepe) nos 50km. Vamos fazer força lá Pepe!!!

Vamos em frente que está chegando!!!

Abraço forte a todos e bons treinos!!!

Mais informações da prova http://www.ultradelosandes.cl/

Léo Freitas

domingo, 29 de agosto de 2010

Longo de 60km

Olá Pessoal,

Neste fim de semana fiz meu segundo treino longo para a Ultra Maratona de Los Andes que está cada vez mais perto. Foi um treino de 60km ao longo das montanhas próximas de Belo Horizonte.

O treino começou as 6:00 da manhã saindo do Alphaville em direção a Piedade do Paraopeba. No início um longo trecho em declive. Foram 12km até Piedade do Paraopeba. Segui em direção a Casa Branca em um percurso variado com grandes subidas e descidas. Como o treino era muito longo procurei manter o ritmo leve em torno de 6:30/km. Nestes treinos é muito importante manter o ritmo controlado e não abusar da velocidade pois pode sair caro no final.

Chegando em Casa Branca já estava com 22km e me sentindo muito bem. Tomei a estrada em sentido a Brumadinho e segui em frente. A idéia era percorrer 30km e em seguida iniciar a volta. E assim foi. Quando o GPS marcou 30km comecei o retorno. O calor junto com a baixa umidade e a grande quantidade de poeira fazia a garganta ficar seca o tempo todo. Procurei manter a hidratação e ingestão de sais e carboidratos para evitar problemas posteriores.

De volta a Casa Branca parei rapidamente em um mercado para comprar água, isotônico e coca-cola (funciona muito bem em treinos longos). Neste momento já estava com 38km e comecei a perceber que as pernas já não eram as mesmas e as dores começaram. Em treinos longos as dores são inevitáveis e o mais importante é manter o foco e seguir em frente. Não deixe a cabeça tomar as rédeas do jogo pois ela pode te derrubar em questão de instantes. A tendência natural do corpo é a situação de conforto e com isso você pode acabar desistindo achando que não está em condições, mas está sim.

Retornando para Piedade do Paraopeba fui negociando com o corpo alternando caminhada com corrida e tentando aliviar e não pensar nas dores. Cheguei em Piedade do Paraopeba por volta das 12:00 e o calor estava muito forte. Já estava com 48km percorrida e com aproximadamente 6 horas de treino. Fiz uma parada rápida no mercado para comprar novamente água, isotônico e a tão sonhada coca-cola (Estava pensando nela nos últimos 5km e já havia prometido para o corpo uma bem gelada).

Os últimos 10km eu já sabia que seriam os mais duros. Era uma longa subida de 6km e muito íngreme. Não conseguia correr e não insisti. Caminhei e caminhei muito. De Piedade do Paraopeba até o Alphaville tem mais de 500m de desnível e após 50km parecia que estava subindo o Everest. Fui em frente e procurei me manter motivado. Consegui correr um pouco no trecho final que é plano e após 7 horas e 46 minutos cheguei no Alphaville completando os 60km.

Missão cumprida. Muitas bolhas nos pés, dores e aquela sensação de dever cumprida.

Vamos que vamos que a prova está chegando!!!

Abraço a todos!!!

Léo Freitas

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Retorno do trabalho - Correndo

Olá Pessoal,

Nesta semana acabei ficando sem carro para ir para o trabalho. Achei ótimo!!! Sendo assim decidi voltar para casa após o trabalho correndo.

Coloquei minha roupa de treino em uma mochila e fui trabalhar de ônibus. Ao final do expediente, troquei de roupa e quando fui sair do escritório muitos me olharam de forma estranha como se eu fosse de outro planeta.

O trânsito do lado de fora estava muito grande e comecei a correr e tive uma sensação muito boa de liberdade. Sempre que volto para casa me estresso com esse congestionamento maluco de Belo Horizonte. A sensação foi muito boa. Não gastei muito tempo para chegar em casa, em torno de 35 min. Corri de forma despreocupada, sem pace, distância, etc. Apenas curtindo e relaxando a mente depois de um dia de trabalho.

É preciso tomar bastante cuidado visto que em geral os motoristas não respeitam pedestres. Por incrível que pareça, alguns carros até pararam para eu passar. Além disso, como está escuro, deve-se tomar cuidade com as irregularidades da pista, calçamento, etc...

Cheguei em casa bem e com uma sensação muito boa de não ter enfredo o trânsito e ainda aproveitei o tempo para treinar.

Gostaria de dividir isso com vocês e dizer que vale a pena o esforço de ir de ônibus, levar uma mochila, trocar de roupa em prol da saúde e do bem estar.

Experimente!!!!!!!!!!!!!!

Um abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

domingo, 1 de agosto de 2010

Sky Race - Lafuma

Olá Pessoal,

Mais um final de semana com treinos Cross-country preparando para a Ultra do Chile. Foram 27 km pelas montanhas do Retiro das Pedras. Deva vez tive a companhia de um grande correr, o Adalto, que fez 50 km no total treinando também para uma prova de ultramaratona.

Aproveitei o treino para estrear meu novo tênis enviado pela Proativa que vem me apoiando nos treinos e competições. O tênis é muito bom e fiquei imprecionado com a qualidade e conforto. Abaixo segue uma revisão do tênis e alguns comentários. Vale a pena para quem corre em trilhas e estradas de terra.

O tênis apresenta o sola Vibran com alta resistência e contato com o solo (Figura abaixo). Nas descidas com cascalho e nos terrenos escorregadios é possível observar a excelente aderencia.



A entressola é composta por uma borracha Lafuma tri-density Phylon. São três tipos de borracha distribuido ao longo do tênis que tem como função distribuir a pressão e permitir as deformações nos pontos corretos. Na parte externa do tênis a borracha apresenta uma densidade menor permitndo assim uma maior deformação (Figura abaixo) de modo que o pé possa tocar no solo com a lateral de fora do pé e impulsionar próximo ao  dedo mínimo (Borracha de cor cinza e vermelha).


Na parte interna do tênis a borracha apresenta uma densidade maior (Figura abaixo) evitando assim a deformação (Borracha escura). Com isso se evita a pronação que consiste na pisada realizada no lado externo do calcanhar e que posteriormente ocorre uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão. 


Quando for escolher um tênis para corrida procure sempre observar com o entressola é distribuida e procure adequar ao seu tipo de pisada mas em geral dê preferencia aos tênis que apresentam borracha com pouca deformação na parte interna do tênis.

O forro do tênis e a tela (Figura abaixo) apresenta grande transpiração evitando assim que o pé permaneça úmido e possa gerar possíveis bolhas.



A ligueta do tênis é acochoada garantindo assim um conforto na região superior do pé além do compartimento para guardar o cadarço do tênis (Figura abaixo).




Umas das coisas que mais me impressionou neste tênis foi o sistema de ajustes independentes para o cadarço (Figura abaixo) desenvolvido e patentiado pela própria Lafuma. Com isso é possível adaptar a todas as morfologias e principalmente ajustar ao longo das corridas em função das variações de terreno e das alterações causadas nos pés em treinos e provas longas.



Fiz alguns treinos com outras marcas de tênis para a categoria Trail e sem a menor dúvida o tênis M SKY RACE é muito superior aos disponíveis no mercado tendo um acabamento perfeito nas costuras, conforto, sistema de transpiração, amortecimento e solado. Terminei o treino com os pés perfeitos o que não havia acontecido na última vez que terminei com bolhas e com uma unha preta.

Aconselho a todos a utilizarem esse tênis e curtirem o visual por uma bela paisagem de trilhas e estradas.



Para mais informações sobre o tênis e produtos Lafuma acessem o site clicando aqui.


Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

























quarta-feira, 21 de julho de 2010

Trail Run - Retiro das Pedras

Olá Pessoal,

Estou um pouco sumido devido aos vários compromissos de trabalho mas de agora em diante estarei escrevendo aqui com maior frequencia.

Neste fim de semanas fiz o primeiro treino mais longo visando a Ultra de Los Andes. Foram 35 km ao longo das estradas e trilhas do Retiro das Pedras chegando até Casa Branca e retornando ao Retiro das Pedras.

Para se chegar ao Retiro das Pedras é necessário tomar a Rodovia BR040 saindo no sentido do Rio de Janeiro e logo após o Bairro Jardim Canadá entrar a direita e subir em direção a portaria do Condomínio Retiro das Pedras. Ao chegar ao condomínio é possível estacionar perto da portaria e a estrada de terra onde começa o percurso já poderá ser vista a esquerda. Só é possível acessar esta estrada a pé ou de bicicleta pois existe um portão que restringe a entrada de veículos no local o que é ótimo para dar uma maior segurança para quem quer se divertir e treinar.

O percurso começa na portaria do Condomínio Retiro das Pedras em uma estrada de terra larga com ligeiro aclive ao longo da Serra da Moeda. O visual lá de cima é muito bonito. A estrada principal tem aproximadamente 8 km de extensão. Para quem está iniciando os treinos neste tipo de terreno esta é a melhor opção por apresentar menor variação de desnível e irregularidades no piso.



Após 5 km aproximadamente tem uma entrada a direita onde começa uma pequena descida. Neste ponto a estrada apresenta menor largura porém ainda sem muitas irregularidades no piso chegando em um pequeno riacho e neste ponto, começa uma trilha subindo em areia solta  terminando com uma bela vista onde é possível avistar o distrito de Casa Branca.



Em seguida, correndo por uma trilha estreita se chega ao penhasco onde começa a trilha por calçamentos do século XVIII. Esta é a parte mais difícil do trajeto pois existem pedras soltas e úmidas sendo necessário muita cautela e concentração além de ser um descida muito íngreme.

 


Logo após a descida a trilha continua estreita porém sem pedras e a descida é menos íngreme até chegar em uma estrada de terra larga onde é possível tomar dois caminhos: a esquerda em direção a Piedade do Paraopeba ou a direita em direção a Casa Branca.

  


Seguindo esta estrada se chega no distrito de Casa Branca com a mudança da estrada de terra para asfalto e calçamento.


 


 No distrito de Casa Branca está a parte mais baixa deste treino. Dai para frente é só subida em direção ao Retiro das Pedras porém, por outro caminho. É só seguir em direção a Belo Horizonte por uma subida de asfalto interminável. Existe caminho por estrada de terra onde o pessoal sobe de bike porém como não descobri esta estrada fui pelo asfalto mesmo. Existem trechos que a inclinação é muito forte e se torna quase impossível correr. O coração parece que vai sair na boca.

 


 Ao final desta subida mais forte já é possível voltar a correr embora as subidas não tenham terminado. O visual lá de cima é simplesmente fantástico. Vale o sacrifício. Mais a cima é possível tomar um caminho a direita com estrada de terra e trilha retornando assim ao condomínio Retiro das Pedras.

Confesso que fiquei imprecionado com o visual e com o percursso e por mais que tente explicar com palavras só correndo neste lugar para ter a mesma sensação que tive.

Segue abaixo o link para quem quiser acessar o caminho detalhado a partir do meu GPS.



Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ultra Maratona de Los Andes

Olá Pessoal,

Os treinos para a Ultra começaram... Já estou na terceira semana de treinamento e ainda com baixo volume (45 a 60 km por semana). Esse volume ainda vai aumentar muito!!! Estou fazendo nesta etapa treinos curtos e com velocidade mais alta visando aumentar meu condicionamento. A medida que o volume for aumentando vou reduzindo a intensidade. Tem sido um pouco sofrido esses treinos por não correr acima do limiar anaeróbico a muito tempo mas tem ajudado bastante para ganhar condicionamento e velocidade. Embora seja uma prova de longa distância é importante fazer treinos rápidos também. Se quer correr rápido tem que treinar rápido...

No última final de semana fiz um treino de 25km em estradas de terra e trilhas. Foi meu primeiro treino neste tipo de terreno aqui em BH. Eu corri nas montanhas próximas ao Condomínio Retiro das Pedras. O lugar é muito bonito e vale muito a pena correr lá. Existem estradas largas e planas, trechos de subida íngreme, muito íngreme, cascalho, areia, um pouco de tudo. Indico o local para todos que gostam de contato com a natureza e querem um treinamento mais duro. Com certeza será um dos meus locais para os treinos nos finais de semana já que a prova no Chile tem muita subida.

Infelizmente ainda não divulgaram o percurso da prova para começar a analisar mas em breve estará disponível no site.

Para os interessados nesta Ultra maratona segue abaixo o site:


Um forte abraço a todos e bons treinos!!!


Léo Freitas

domingo, 20 de junho de 2010

Novos objetivos

Olá Pessoal,

Já se passaram 3 semanas desde que conclui o Ironman Brasil. Na última semana voltei a treinar e já me inscrevi em uma corrida que vai acontecer no Chile no dia 16 de outubro. Se trata de uma corrida de montanha (Trail Run) com 80km a ser percorrido ao longo da Cordilheira dos Andes.

Quanto ao triathlon vou dar um tempo para não dizer que não vou mais praticar. Nos últimos tempos minha vida ficou muito corrida e não tenho mais tanto tempo para nadar, pedalar e correr além do que minha verdadeira paixão é por corrida e quero me dedicar mais a esse esporte e disputar provas longas.

Em breve vou começar a publicar notícias da prova e sobre os treinamentos para provas longas de corrida.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ironman Brasil - A Prova

Olá Pessoal,

Segue abaixo o texto sobre o Ironman Brasil 2010.

Acordei as 04h00min da manhã e a primeira coisa que fiz foi olhar pela sacada do quarto e ver como estava o mar. Aparentemente estava menos agitado que na noite anterior. Fazia frio e ventava um pouco. Tomei meu café da manhã completo, peguei as minhas coisas e me dirigi para o local do evento. Cheguei ao local da prova as 05h00min da manhã fiz a pintura no corpo do número de inscrição e me dirigi até a área de transição para fazer os últimos acertos na bike. Com muita calma preparei tudo e fui então para a tenda de troca colocar o macaquinho e a roupa de borracha. À medida que o tempo passava o pessoal ia chegando e a agitação aumentava. Em seguida me dirigi ao local da largada e aproveitei para entrar no mar rapidamente para ver como estava a água e fazer um breve aquecimento. O sol começava a dar sinais, porém não tinha nascido ainda.

As 07h00min foi dada a largada e todos correram para o mar. Sem muita pressa fui caminhando e comecei a nadar de forma tranqüila e controlada. Como havia muitas pessoas era impossível ultrapassar e a preocupação maior neste momento era de não apanhar muito. Alguns encontrões são inevitáveis neste momento, porém o mais importante é manter a calma e seguir em frente. O momento de maior tensão aconteceu na primeira bóia onde muitas pessoas se juntaram e foi preciso um pouco de cautela. À medida que a prova avançava o pessoal ia se dispersando e ficava mais fácil o nado. Sai da água dentro do tempo previsto e corri em direção à tenda de troca. Estava me sentindo muito bem. Peguei a sacola onde estava todo o material do ciclismo e fui para a área de transição pegar a bike e iniciar o ciclismo.

Comecei o pedal bem e mantendo um ritmo forte. Procurei ficar atento a hidratação e alimentação desde o início, pois sabia que isso seria fundamental para uma boa prova. Ao final da primeira subida, no km 20, quando fui mudar de marcha para começar a descida ouvi um barulho estranho. A corrente se soltou e trouxe junto com ela o cambio traseiro que acabou se prendendo a roda traseira. Tentei frear o mais rápido possível e em fração de segundos vi tudo ir por água abaixo. Mesmo tentando frear a queda foi inevitável e ao me levantar percebi que o câmbio traseiro tinha quebrado. Fim de prova para mim. Calmamente encostei a bike no acostamento e em um momento de desespero e desilusão comecei a refletir o quanto tinha me esforçado para chegar até ali. Dias e mais dias de treino para terminar assim. Neste momento passou um filme de tudo que fiz até aquele dia e estava vendo o sonho ir embora. Neste momento passou o pessoal do “Staff”. Me perguntaram o que havia acontecido e mostrei para eles o estrago na bike. Percebi que estavam tristes também pelo acontecido e que iriam chamar o carro para ir me buscar. Eu pedi que chamasse o mecânico para que ele me dissesse que não era mais possível continuar. Fiquei 45min esperando e quando ele chegou deu uma olhada em tudo e disse: Temos ainda uma opção. Posso tirar o câmbio traseiro, encurtar a corrente e colocar em uma única marcha e você terá que pedalar os 160 km restantes assim. Vou colocar em uma marcha pesada para você desenvolver no plano e nas subidas irá sofrer.

Naquele momento não pensei duas vezes. Coloquei o capacete, joguei um pouco de água na cabeça, tomei um gel e já me preparei para voltar enquanto o mecânico acabava de arrumar a bike. Assim que ele terminou subi na bike e estava de novo na prova. Sabia que daquele momento em diante tudo seria diferente. A primeira coisa que me veio à cabeça foi agradecer a Deus por ter me dado essa oportunidade de voltar e que iria me empenhar ao máximo para terminar a prova. Comecei a analisar os fatos e traçar uma nova estratégia de prova começando a partir do km 20.

O mais importante era manter o corpo hidratado e alimentado o tempo todo, pois a marcha era muito pesada e não poderia falhar nas subidas. Era preciso andar bem o tempo todo e manter a bike em velocidade para não quebrar. Sabia que não tinha mais marchas leves para momentos de descanso e cansaço então era o momento de manter a cabeça motivada.

Retomei o pedal bem e aproveitei a primeira descida para dar uma embalada e começar a fazer força. Aos pouco fui recuperando algumas posições e passando muita gente. Em todos os postos de hidratação fui pegando água, isotônico, bananas e fazendo força. Nos retornos e nos viadutos eu sofria para retomar a velocidade da bike, onde tinha vento contra também. Na volta para Jurerê encontrei a primeira subida pela frente. Fiz um pensamento positivo, fiquei de pé na bike e fiz força, muita força. No começo da subida ia bem, mas ao final a perna queimava de dor e a velocidade caia para 10 km/h. Era preciso subir em zig-zag para chegar ao topo. E assim foi ao longo do percurso. Após completar a primeira volta a perna e as costas já começavam a incomodar. Evitei pensar nisso e segui em frente. São nestes momentos que temos que ter pensamento positivo e nos mantermos motivados. Pode ser a glória ou o fracasso e isso depende de nós.

Na segunda volta fui administrando o esforço, pois sabia que as subidas no final do percurso iriam minar as minhas forças. Evitei pensar na corrida, pois ainda era incerto se chegaria até lá. A única coisa que me passava pela cabeça era me manter hidratado e alimentado para terminar os 180 km. Segui em frente e fui recuperando posições. Quando avistei a última subida, respirei fundo e pensei: É agora ou nunca. Fiquei de pé e comecei a fazer força. No meio da subida as pernas começaram a falhar e comecei novamente um zig-zag. Quando cheguei ao topo não acreditei e neste momento comecei a perceber que era possível terminar a prova. Segui em frente e então comecei a pensar na próxima etapa: a maratona. Sabia que as pernas já não eram as mesmas e que a corrida seria sofrida. Mais do que o previsto. Entrei em Jurerê com muita felicidade, soltei o pé da sapatilha e desci da bike com uma mistura de dor e felicidade. Quando coloquei o pé no chão senti a dor de verdade. Fui andando até a tenda de troca, peguei a sacola de corrida e sentei na cadeira.

Respirei fundo, joguei água nas pernas, troquei de roupa e sai para correr. Se ficasse mais tempo ali a dor só iria aumentar. Comecei a corrida devagar e fui encaixando o ritmo aos poucos. Comecei a me sentir bem de novo e segui em frente. A cada passada que dava sentia a linha de chegada mais próxima. Não consegui imprimir o ritmo que planejei, mas a prova já tinha mudado para mim desde o km 20 da bike e o mais importante era terminar.

Nas subidas mais fortes de Canasvieiras tive que andar um pouco para aliviar a dor. Fui controlando o ritmo, o cansaço e a dor e segui em frente parando em todos os postos para comer e me hidratar. Completei a primeira volta (21 km) bem e com aquela pulseira no braço me senti mais motivado ainda. A segunda volta (10,5 km) foi tranqüila e na terceira já estava nas nuvens. Quando entrei na Avenida Búzios pela última vez não acreditei. Corria solto e com a felicidade no rosto.

Depois de 11 horas, 34 minutos e 48 segundos cruzei a linha de chegada. A felicidade era muito grande para quem viu o sonho ir por água abaixo.

Enquanto existir uma chance, mesmo que seja mínima, temos que batalhar e lutar e não se entregar nunca, pois só assim superamos nossos limites.



Gostaria também de deixar aqui os meus agradecimentos a todos que de alguma maneira contribuíram para esta minha conquista, em especial:

À Academia de Corrida da Alta Energia que vem apoiando nos treinos e eventos;

À Proativa que vem me apoiando com materiais esportivos;

Ao treinador João Paulo pelos ensinamentos e acompanhamento ao longo deste tempo que com certeza foram fundamentais para minha conquista. Espero que essa parceria continue por muito tempo;

Ao fisioterapeuta Raphael Marques pelos treinamentos funcionais e acompanhamento ao longo deste tempo. O cara é fera;

Ao nutricionista Fabiano Kenji pelo acompanhamento e preparação nutricional ao longo deste tempo. Sensacional nas dietas para provas;

Ao amigo Petrus que esteve comigo nos treinos e nos momentos difíceis de preparação. Fala comigo!!!;

Ao grupo da TriMinas, TriRio e TriGaucho onde pude compartilhar experiências e aprender um pouco mais.








Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ironman Brasil 2010

Olá Pessoal,

Com muitas dificuldades e vários obstáculos terminei no domingo o Iroman. Estou preparando um texto contando como foi a trajetória desde a largada até cruzar a sonhada linha de chegada. Amanhã estarei postando aqui.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ilha da magia

Olá Pessoal,

Depois de alguns atrasos no aeroporto cheguei bem. A bike também chegou bem. A cidade já respira o evento. No aeroporto só via bikes, capacetes, mochilas e atletas. Chegando no hotel estava cheio de gente entrando e saindo com bikes para dar um "giro", correr e alguns encarando o mar para dar uma "soltada" na musculatura. Muito show!!!

No fim do dia aproveitei para dar uma corrida. Pela avenida vários pelotões de corredores e ciclistas. A empolgação já aumenta com esse clima. Agora a noite jantei bastante carboidrato para tentar estocar o máximo possível. Amanhã pela manhã vou até o local do evento (Fica a uns 3km daqui) para pegar o kit e assistir a palestra para amadores. Pela tarde, uma volta pelo circuito e um "giro" de bike.

Amanhã posto umas fotos por aqui.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

Reta final - 3 dias para o Ironman Brasil

Olá Pessoal,

Um dia a menos... Acabei de despachar a mala e a bike. Deu até frio na barriga vendo o cara da TAM levando a "magrela". Agora é esperar o embarque e ir passando o tempo. Tenho que fazer uma conexão no Rio onde a grande massa do triathlon estará descendo para Floripa. Mais tarde mando algumas fotos de Floripa para vocês.

Abraços a todos e bons treinos!!!

Léo freitas

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Contagem regressiva - 4 dias

Olá Pessoal,

Ontem foi um dia complicado. Na hora do almoço fui na oficina pegar a minha bike que por sinal ficou muito bem regulada. A noite fui na casa de um colega pegar o case para transportá-la. Terminei de arrumar as malas. Ficou faltando para hoje colocar a bike no case e fazer o último check list para ter certeza que não ficou nada para trás. Tenho uma sessão de fisioterapia na hoje na hora do almoço para dar aquela relaxada e encontrar com o técnico para os últimos ajuste e aquela conversa. A noite, comer vários pratos de macarrão para elevar o estoque de glicogênio ao máximo não esquecendo da hidratação é claro.

A ansiedade já toma conta. Como é a primeira vez que participo de um IM é inevitável não ficar tenso. Amanhã cedo sigo para o aeroporto e por volta das 12:00 devo estar chegando na "Ilha da Magia".

Vou mandando notícias e fotos a todos ao longo da viagem e de Floripa!!!

Um forte abraço a todos

Léo Freitas

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Contagem regressiva - 6 dias

Olá Pessoal,

Faltam apenas 6 dias para o Ironman Brasil. Depois de meses de treinamento está chegando a hora.

De hoje até o dia da prova estarei postando alguma coisa por aqui sobre a preparação, a chegada em Floripa e o evento... Acho que vai ser bom para que eu possa aliviar também um pouco da tensão e ansiedade.

Hoje fechei o plano de alimentação e nutrição para a prova com o meu nutricionista. Repassamos tudo e agora é memorizar tudo e fazer tudo certinho. Está na hora de começar a estocar carboidrato e o lema é comer massa... Essa é a parte boa!!!

Começo hoje a arrumar as malas com muito cuidado para não esquecer de nada.

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reta final

Olá Pessoal,

Aindei um pouco sumido nestas últimas semanas. Muitas coisas aconteceram: mudei de emprego, início das aulas do doutorado e a fase final do Ironman me tiraram o tempo...

Nas últimas semanas os treinos longos aumentaram e ficaram cada vez mais duros. Fiz treinos combinados (3000m+80km+30km), 6 horas de pedal e neste último fim de semana uma corrida de 30km atingindo assim a parte final do treinamento.

A partir de agora é começar a focar na alimentação, hidratação, descando e polimento para chegar no dia 30 de Maio na "ponta dos cascos". O que tinha que ganhar no condicionamento já foi ganho e agora é manter até o dia da competição.

Em breve mais notícias do IM

Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas

domingo, 25 de abril de 2010

Pulse Two - Deuter

Olá Pessoal,

Diversas são as maneiras que utilizamos para nos hidratar durante os treinos de corrida. Quando iniciamos a prática de corrida com pequenas distâncias e com tempo inferior à uma hora não nos preocupamos tanto com a hidratação, pois as quantidades armazenadas no nosso corpo são suficientes para nos manter em atividade por esse período, exceto nos dias com temperaturas mais altas onde o nosso corpo desidrata de forma mais rápida. À medida que as distâncias e o tempo de treino vão aumentando a necessidade de se hidratar aumentam e com isso precisamos nos programar para a ingestão de líquidos durante os treinos. Nas competições tudo é mais fácil, pois os postos de hidratação já estão demarcados e geralmente a distância entre cada um é razoável não havendo necessidade de se preocupar em levar a sua própria bebida a não ser que julgue necessário. É claro, que existem algumas competições em que a hidratação é de responsabilidade do atleta com, por exemplo, algumas competições de “trail run”, em menor caso.

Mas nos treinos tudo é mais difícil então precisamos estar atentos a hidratação, locais para reposição das bebidas, etc.

Quando comecei a correr distâncias maiores costumava sair de casa com algumas garrafas a mais de água e isotônico e espalhar ao longo do percurso escondendo nos jardins das casas, debaixo do carro, etc. evitando assim correr com garrafas na mão. Não queria utilizar mochilas de hidratação nem mesmo pochetes achando que esses acessórios para hidratação poderiam me incomodar muito. A grande desvantagem era que estava sempre “preso” ao percurso e precisava calcular bem as voltas e o percurso para não ficar muito tempo sem me hidratar.

Algumas vezes acabei perdendo rendimento nos treinos por falta de hidratação e sem contar que com o tempo a bebida esquentava e tornava-se impossível bebê-la. Já estava cansado de ficar limitado aos percursos e com o passar do tempo comecei a praticar “trail run” onde todo o alimento e hidratação devem ser levados.

Os principais acessórios de hidratação para corrida são: mochilas e pochetes sendo que cada uma delas apresentam vantagens e desvantagens.

No caso das mochilas é possível transportar uma quantidade maior de líquidos (2 a 3 litros) e alimentos podendo o atleta ficar um tempo maior sem precisar encher o reservatório novamente. Considerando uma hidratação média de 700 ml/hora, em condições normais de temperatura seria possível correr por 3 a 4 horas. Uma desvantagem das mochilas é o calor gerado nas costas aumentando a transpiração e o peso a ser transportado. Muito indicada para treinos longo em locais que não existem possibilidades para comprar água e/ou isotônico. Ideal para treinos em estradas de terra e trilhas podendo transportar também kit de primeiros socorros, fita atlética, celular entre outras coisas.

As pochetes de hidratação são mais simples e acomodam de uma a duas garrafas de aproximadamente 700 ml além de pequenos compartimentos para transportar celular, chaves, algum alimento pequeno (barras de cereais, carboidrato em gel, etc.). São idéias para treinos mais curtos ou mesmo para treinos longos realizados em percursos que possibilitam a parada em mercearias, bares, padarias, etc. para encher novamente a garrafa. Por estar presa a cintura não gera tanto calor e peso como as mochilas de hidratação.

Tive a oportunidade de testar a pochete de hidratação Pulse Two da marca Deuter em um treino longo de corrida. Abaixo alguns comentários sobre o produto.


A pochete é feita com material totalmente transpirável e se acomoda muito bem na cintura. Pesa apenas 190 g e possui dois bolsos de tamanho razoável para transportar carboidratos em gel, celular, dinheiro, entre outras coisas. O local para a garrafa de água apresenta um elástico na porção superior para deixar a garrafa presa e evitar possíveis deslocamentos. No fundo um pequeno furo para que a água proveniente da extremidade externa da garrafa possa escoar.

Ao longo do treino parei algumas vezes para comprar água enchendo a garrafa e seguindo em frente. Levei comigo algumas pastilhas de SUUM para reposição dos sais minerais conforme já detalhado aqui no blog (Clique aqui) que foram dissolvidas dentro da garrafa e ingeridas. O treino foi realizado com sucesso e a utilização da pochete de hidratação propiciou fazer um treino longo com percurso bastante variado e mantendo os níveis de hidratação dentro do programável evitando assim queda de rendimento e desidratação.

Para conhecer mais sobre os produtos de hidratação da Deuter visite o site clicando aqui.


Um forte abraço a todos e bons treinos!!!

Léo Freitas